segunda-feira, 6 de abril de 2009

Globalização


A Sociedade Global retira o poder de pressão dos trabalhadores aumentando as desigualdades sociais ao redor do mundo.


Constantemente entramos em contato com novos termos utilizados pelos veículos de comunicação, que tentam explicar uma nova realidade que se estabelece nas relações entre a produtividade e o novo conceito de mercado de trabalho.

Termos como globalização, automação e reengenharia, tomam conta dos noticiários e laçam um espectro sombrio a respeito do futuro dos trabalhadores.

Com o fim da Guerra Fria, os trabalhadores ficaram sem o seu principal instrumento de pressão. A “ameaça” socialista deixava de existir. Assim, com investimentos cada vez maiores no campo da tecnologia, o papel antes indispensável do trabalhador na cadeia produtiva passa a ser secundário.

Com este “avanço”, o Capitalismo se impõe na nova realidade econômica mundial. As novas tecnologias permitem com que a produtividade continue avançando independente da participação dos trabalhadores no processo. Os sindicatos e a OIT, entraram em declínio diante dessa nova realidade, pois agora, a “roda gira” com greve, ou sem greve. Diante do desemprego estrutural, a lei da oferta e da procura (por empregos) faz com que ocorra também uma defasagem no poder aquisitivo do trabalhador.

A globalização da economia trouxe um obstáculo a mais para a união dos trabalhadores em torno de seus interesses comuns. Com a importação de produtos manufaturados no Terceiro Mundo, os trabalhadores de países desenvolvidos criam novos mecanismos a fim de diminuir os efeitos negativos dessa competição em benefício de seus interesses. Aliaram-se aos seus governos nacionais exigindo a criação de cláusulas trabalhistas na elaboração de acordos nos foros de comércio internacional. Tais exigências criam uma barreira protecionista disfarçada, que prejudicam as exportações dos produtos do Terceiro Mundo e, em conseqüência, prejudica ainda mais as perspectivas de emprego em seus países.

Outro aspecto importante que não deve ser descartado é a questão do meio ambiente. Hoje, com a publicidade capitalista que aumenta consideravelmente o desejo por coisas materiais a humanidade passa a acreditar que tais recursos são infinitos, o que não é verdade.

A sociedade capitalista não se dá conta de que estamos consumindo muito além do que o nosso planeta pode suportar. Pra alimentar “necessidades” cada vez maiores de consumo, estamos extraindo esses recursos a uma velocidade que não permite que o nosso planeta renove-os a tempo de que não sejam extintos.

Sem esses recursos, todos os seres vivos poderão desaparecer em um futuro não muito distante.

Essa nova realidade política, econômica e financeira do mundo contemporâneo, nos apresenta novos desafios de como conciliar desenvolvimento econômico com desenvolvimento social, respeitando os limites ambientais na extração dos recursos naturais do nosso planeta.

É uma “equação” difícil, que se impõe na nova realidade mundial que precisa buscar soluções que no mínimo, amenizem o impacto negativo nas questões econômicas, sociais e ambientais.

As futuras gerações agradecem.

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